Na última sexta-feira (28) foi realizado o debate Mídia, responsabilidade social e controle: o exemplo da Copa das
Confederações 2013, no Departamento de Ciências Humanas (DCH III), UNEB, em
Juazeiro. O evento que teve como palestrante o Jornalista e Historiador Jota
Menezes, autor da obra: “Televisão, Poder e Cidadania – A implantação da TV
pública no Brasil” (Editora Chiado-Lisboa), fez parte do encerramento da
disciplina Crítica da Mídia do curso de Comunicação Social habilitado em
Jornalismo em Multimeios.
A discussão foi promovida pelo docente Cosme Batista em parceria com os
estudantes de Jornalismo do 8º período, e teve como objetivo promover uma
reflexão de qual é o papel da mídia em relação à responsabilidade social e como
está o controle dos veículos de comunicação no Brasil e no mundo.
De acordo com Menezes, a mídia não é neutra, e que mesmo o profissional
tendo o interesse de fazer o trabalho dele com equilíbrio, acaba sendo em determinados
momentos obrigado a fazer pautas parciais, que muitas vezes são reportagens que
não interessam diretamente a sociedade, e sim, ao interesse da empresa a qual
trabalha, que é uma empresa como qualquer outra que tem interesse comercial.
“Enquanto a gente não fortalecer as
instituições, enquanto não tivermos um Congresso forte e com credibilidade, um
governo com credibilidade, um Legislativo com credibilidade e enquanto a
sociedade não se organizar no ponto de vista da cidadania, vai ser difícil a gente
ter uma imprensa, uma mídia que funcione de uma forma mais equilibrada. Estabelecer
esse controle não vai ser fácil”, disse o palestrante.
Na ocasião, vários assuntos foram suscitados, como por exemplo, A Lei da
Imprensa Régia instalada em 1808 com a vinda da Família Real para o Brasil, a renovação
de concessão de Rádio e Televisão, a ética jornalística e o posicionamento da
mídia em relação às manifestações ocorridas no Brasil.
Em relação aos protestos, Jota acredita que apesar de não ser isenta de interesses
econômicos, a mídia não está se escondendo e que tem mostrado muita coisa
importante para a sociedade. Para finalizar, Menezes alertou que o Jornalista
tem que ter cuidado para não transparecer demais a sua opinião, o que pode
acabar influenciando na interpretação da sociedade.
Por Raianne Guimarães
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