sábado, 11 de maio de 2013

Estudos da recepção na Crítica da Mídia

Por Luciano Lugori

Os estudos sobre a recepção/audiência têm sido, cada vez mais, discutidos e aprofundados em diversas pesquisas. O entendimento de como a audiência e a recepção de conteúdos midiáticos vem sendo tratada, protagonizaram uma mudança de perspectiva. O foco agora é outro e isso tem norteado inúmeras trabslhos, comprovando e confrontando a mídia e audiência, pois, os meios de comunicação não são apenas canais de informação, tampouco seus receptores são meras caixas de armazenagem.

Alguns autores, como por exemplo, Robert White, que aponta para a abordagem dos estudos culturais sobre a recepção, onde teóricos se confrontam ideologicamente, através de pensamentos e realização de pesquisas sobre a audiência ativa, discutem sobre a recepção midiática. Além dele, autores como Raymond Williams, E. P. Thompson e Richard Hoggart, nos inícios dos anos 70, assim como o pensamento de Stuart Hall e as pesquisas do Centro para Estudos de Cultura Contemporânea, a CECC, abriram um leque de discussões sobre a temática.

Uma das ideias defendidas por Hall é que a audiência é livre para criar uma cultura antagônica, mas, ao mesmo tempo, está submissa a uma política dominante. Esta pesquisa é dada/vista como simplista por David Morley, pois, além de considerar que a audiência pode ter diversos entendimentos, uma pluralidade a depender de sua bagagem, faz-se necessário agrupar a tudo isso o estudo etnográfico da mídia e perceber, de fato, como acontece no local de sua prática.

Com o aprofundamento desse discurso etnográfico, Shaun Moores coloca em suas pesquisas, o sujeito – receptor como objeto fundamental. Os estudos são realizados a partir da audiência. Já John Fiske, que foi duramente criticado por certas correntes de pesquisadores, deu liberdade demais a audiência, deixando-a livre e como protagonista nesses estudos, tirando o foco da mídia produtora e mirando nos receptores. Enfim, a hipótese da audiência ativa, passou a considerar que a audiência pode ter um entendimento plural e que isso pode criar-se de acordo com a sua bagagem cultural, histórica, social e política.

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