Há várias
denominações para o termo, entretanto uma não exclui a outra, uma vez que os
discursos se fazem presente em todo momento em qualquer lugar ou meio social.
Dentro da lingüística, alguns teóricos dão a sua denominação de discurso.
Para
Maingueneau, há uma distinção entre o termo utilizado no senso comum, onde pode
se referir a falas solenes (quando se refere, por exemplo, ao discurso que o
presidente deu em praça pública) ou ao sistema que produz textos e ainda o
próprio conjunto de textos, como exemplo, o discurso comunista. Já na
lingüística, os discursos utilizados tanto no singular como no plural, se
referem a uma atividade que se insere em determinado contexto e que sustenta
algo.
O discurso nada
mais é do que a reverberação de uma verdade, nascendo diante de seus próprios
olhos; e, quando tudo pode, enfim, tomar a forma do discurso, quando tudo pode
ser dito e o discurso pode ser dito a propósito de tudo, isso se dá porque
todas as coisas, tendo manifestado e intercambiado seu sentido, podem voltar à
interioridade atenciosa da consciência de si. (Foucault, 2002 apud Santos, 2006/2007)
Entende-se
que essa atividade tão indispensável na vida humana, portanto também não
deixaria de fazer parte da atividade midiática. A informação constitui-se como
o principal produto das mídias, dessa forma, pode-se entender o ato de informar
como a propagação de um discurso.
A linguagem não
se refere somente aos sistemas de signos internos a uma língua, mas a sistemas
de valores que comandam o uso desses signos em circunstancias de comunicação
particulares. Trata-se da linguagem enquanto ato de discurso, que aponta para a
maneira pela qual se organiza a circulação da fala numa comunidade social ao
produzir sentido. (CHARAUDEAU, 2008, p. 33)
Nesse
sentido, voltando à matéria analisada, percebe-se, portanto o seu caráter
informativo, já que faz parte do teor jornalístico do jornal Diário da Região. Dessa forma,
entende-se como discurso o que será propagado ao leitor através desse conteúdo.
Iniciando uma análise
pelos conceitos básicos temos definições bem claras a respeito. Para Maingueneau,
o texto é uma totalidade coerente de produções orais ou escritas que se repetem
longe do contexto original. Ou seja, toda a unidade de sentido, formada por
estruturas lingüísticas, mas que não necessariamente se encontra apoiada em um
argumento.
O contexto é justamente
a situação onde está inserido o fato noticiado e os atores envolvidos, emissor,
receptor e mensagem. O meio onde está inserido determinado discurso
é de suma importância, pois tanto pode determinar ou influenciar uma série de
fatores que estão presentes na análise. Por essa análise, irá se perceber
Mas está enganado quem acredita que o discurso pertence apenas a quem o emite. Pois o discurso midiático, principalmente depende de dois atores sociais para se fazer como tal, esses o são o emissor e o receptor que se caracterizam como co-enunciadores discursivos. Não adianta pensar que o receptor é apenas uma esponja que absorve, na realidade ele se caracteriza como um ator que ouve, interpreta, e repercute a sua compreensão, o seu discurso, não o discurso das mídias.
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